Um dia depois da prisão de 111 pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas em Belo Horizonte e na região metropolitana, nem a Polícia Civil nem a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) souberam informar para onde os presos foram encaminhados. A operação que levou à captura dos suspeitos foi deflagrada na quinta-feira, numa ação conjunta entre as polícias Civil e Militar, dois dias após a Justiça determinar que nenhum novo preso poderia ser encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira, devido à superlotação. Sem lugar. Com tantos detidos ao mesmo tempo, policiais tiveram que colocar todos os criminosos em escadaria de prédio do governo.
Quando questionada sobre o destino de tantos criminosos, a assessoria de imprensa da Seds informou que só seria possível identificar os locais, caso a reportagem informasse o nome completo de cada um dos suspeitos. Por sua vez, a Polícia Civil alegou que não tinha os dados compilados e, portanto, não saberia informar quem eram os detidos e onde eles estavam abrigados. A assessoria de imprensa do órgão informou que o levantamento ainda estava sendo feito ontem.
A Seds informou que, num primeiro momento, todos os 111 presos na operação foram levados para Ceresp São Cristóvão, na Lagoinha, de onde seriam encaminhados para outras unidades prisionais.
Operações desse porte, em que há um grande número de prisões, servem muito mais para dar uma satisfação à sociedade do que propriamente ter efetividade, dizem os especialistas. "Essa foi uma operação mal-planejada e feita com a necessidade de mostrar à população que o serviço é feito", disse o sociólogo Luiz Flávio Sapori.
Já o sociólogo e ex-policial do Batalhão Militar Especial (Bope), Rodrigo Pimentel, acredita que houve mau planejamento da operação e falta de coordenação entre os órgãos. "Quando é feita uma prisão em massa, no mínimo, já tem que estar estruturado para onde serão levados os detidos". Ele disse que essas ações agem no psicológico da população, passando uma sensação falsa de segurança.
"Com tantos detidos ao mesmo tempo, policiais tiveram que colocar todos os criminosos em escadaria de prédio do governo" - Fui um dos policiais que estava presente na Operação Leviatã. Os presos foram colocados na escadaria do 1º Departamento de Polícia apenas para serem apresentados para a imprensa. Somente para isso. Este blog deve buscar a veracidade dos fatos antes de publicar uma matéria, ainda mais desse porte, lamentável.
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