Familiares dos presos da Penitenciária Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), confirmaram as denúncias sobre a má qualidade da comida servida aos detentos no presídio.Durante as visitas, os parentes revelaram que os alimentos estariam estragados e, inclusive, alguns dos encarcerados teriam passado mal.
A falta de água nas celas também é reclamação constante, de acordo com relatos de alguns familiares. O clima segue tenso no local devido, principalmente, à superlotação, conforme o Hoje em Dia mostrou na edição de sábado. O local, que deveria ter 820 presos, abriga, hoje, 2.206 detentos, o que dá uma média de 20 pessoas por cela.
A falta de água nas celas também é reclamação constante, de acordo com relatos de alguns familiares. O clima segue tenso no local devido, principalmente, à superlotação, conforme o Hoje em Dia mostrou na edição de sábado. O local, que deveria ter 820 presos, abriga, hoje, 2.206 detentos, o que dá uma média de 20 pessoas por cela.
A esposa de um dos presos contou que o marido divide a cela com outras 22 pessoas. “É muito sofrimento. Não tem nem como dormir direito”, disse a mulher, que não quis se identificar temendo represálias ao esposo. “Se um detento passa mal, por causa da comida, os agentes evitam ao máximo levá-los ao médico, pois falam que é fingimento”, disse o parente de um dos presos, que pediu que o nome não fosse divulgado. No início deste mês, quatro defensores lotados no departamento de Execuções Penais de Ribeirão das Neves visitaram as cadeias da cidade. Segundo a assessoria da Defensoria Pública, os servidores detectaram superlotação em dois dos cinco presídios vistoriados.
O caso mais grave, de acordo com os defensores públicos, é o do Inspetor José Martinho Drumond. O presídio Antônio Dutra Ladeira também apresentou mais presos que a capacidade. Construído para abrigar 1.163 presos, possui, hoje, 1.729 pessoas encarceradas.
Em nota, a secretaria informou que, em 2012, os gastos com a alimentação dos 42 mil presos no Estado está previsto em cerca de R$ 142 milhões. Nesse valor também estariam inseridos os custos com a alimentação fornecida para os agentes penitenciários no horário de trabalho.
A Seds disse que não houve registro de alimentação estragada nem de detentos com mal estar, e que as refeições são preparadas na própria unidade, seguindo cardápio definido por nutricionistas da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi).
Atualmente, em Minas, o déficit nas unidades prisionais é de 16 mil vagas. Para tentar minimizar o problema, serão inaugurados, nas próximas semanas, um anexo da penitenciária de Três Corações, com 146 vagas, e o presídio de Oliveira, com 116. Em Neves, uma nova unidade em Ribeirão das Neves, com 1.827 vagas, será entregue em agosto. Apenas a superlotação no presídio José Martinho Drumond deverá absorver todas as vagas da nova unidade.
Origem: Hoje em dia
Adaptação: Ricardo valverde
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