Radio Nevesnews

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

SISTEMA ARROMBADO: CInco presos serram grade e fogem da Penitenciária de Lagoa Santa


Detentos que têm passagem por roubos e tráfico de drogas atravessaram o pátio e pularam o muro do presídio, que fica próximo à Santa Casa da cidade. 

Publicação: 31/12/2012 07:43 Atualização:
A Superintendência de Segurança Prisional
da SEDS/MG é gerenciada pelo agente
penitenciário André Luiz Teixeira Mourão
Cinco detentos da Penitenciária de Lagoa Santa, na Região Central de Minas Gerais, fugiram na madrugada desta segunda-feira. Até o início desta manhã, dois deles haviam sido capturados. De acordo com o tenente Felipe Gouveia Rocha, do 36º Batalhão da Polícia Militar (PM), por volta das 00:30, após serrarem as grades dos fundos de uma cela com 11 detentos, cinco deles correram para o pátio e fugiram após abaixarem parte da cerca e saltarem o muro. 

Os agentes penitenciários acionaram a PM, que começou a fazer buscas com a ajuda de outras equipes e cães farejadores. William Guedes Rosa e Saulo Carvalho foram recapturados durante a madrugada. “Um deles foi encontrado na rua depois de sair do mato. Ele ainda estava com o uniforme do presídio. Alguns minutos depois, percebemos que um dos suspeitos poderia estar em uma casa, quando nós chegamos e entramos vimos ele perto do muro dos fundos. Ele também estava com o uniforme da Suapi”. William e Saulo sofreram ferimentos leves após pularem o muro e foram medicados. Os presos foram conduzidos para a Delegacia de Plantão de Vespasiano. 

Ainda estão foragidos Brayan Robson de Oliveira Reis, Romeu Gomes de Almeida e Charles George Honorato Cruz – os dois últimos seriam moradores de Belo Horizonte, de acordo com o tenente. O militar informou que eles têm passagens por roubos e tráfico de drogas. Ainda de acordo com o tenente Rocha, no momento da fuga, alguns agentes escoltavam um detento que precisou de atendimento médico no Hospital Santa Casa de Lagoa Santa, que fica ao lado do presídio, mas ainda não é possível afirmar que a fuga tenha relação com o fato.

Origem: Uai

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

DECISÃO ACERTADA: SEDS perderá subsecretaria de políticas sobre drogas


A Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou em 1º turno, na Reunião Ordinária de Plenário desta quarta-feira (12/12/12), o Projeto de Lei (PL) 3.527/12, do governador, que transfere a Subsecretaria de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) para a Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude (Seej). O projeto foi aprovado na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) , com a emenda nº 1, da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO).
De autoria do governador, a proposição original extingue 30 cargos existentes na Seds e cria os mesmos 30 cargos na Seej. O substitutivo suprime a criação e a extinção de cargos, determinando simplesmente a transferência completa da estrutura de uma secretaria para outra. O objetivo das demais alterações promovidas pelo substitutivo foi o de adequar o texto à técnica legislativa. Já a emenda 1 especifica o quantitativo de cargos do Grupo de Direção e Assessoramento da Administração Direta do Poder Executivo (DAD) extintos e criados no âmbito de cada secretaria, em lugar de determinar sua transferência.

Fora da estrutura da SEDS, o eficiente Subsecretário
Cloves Benevides terá mais tranquilidade para
gerenciar os programas de combate às drogas.

Integração – A Subsecretaria de Políticas sobre Drogas tem como cerne o gerenciamento de atividades de intervenção relativas ao uso e abuso de substâncias psicoativas, de caráter preventivo, de integração, tratamento, reinserção social e de redução da demanda, da oferta e dos danos sociais e à saúde. De acordo com a justificativa do Executivo, a Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude se encontra alinhada a essas políticas públicas e apresenta programas de caráter preventivo, de reinserção, inclusão e de protagonismo juvenil, o que vai viabilizar um trabalho mais produtivo e efetivo com a integração de áreas afins.

A decisão de desvincular a política de combate às drogas da SEDS foi acertadíssima. A pasta de defesa social possui outras atribuições típicas, como o gerenciamento das polícias e do sistema penitenciário, o qual diga-se, nestes ultimos 10 anos nunca teve gestores à altura e importância do setor.
Combate às drogas deve ser encarada como política humanitária, social e de saúde pública. Vinculando-se a outra secretária, a Subsecretaria de combate às drogas sai do "ninho de cobras e lagartos" do governo do estado. Na SEDS ainda há em seu organograma, muitos orgãos que fogem dos objetivos da defesa social do Estado.
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* Ninho de cobras e lagartos é metáfora.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Governo irá inaugurar "hotel de luxo" para bandidos enquanto cidadãos que devem pensão alimentícia são enjaulados em masmorras


Empresa que fez o projeto da PPP

No final de novembro o Governo do Estado anunciou com toda pompa que teria feito convênio com Universidades e escolas técnicas para a promoção de cursos superiores gratuitos aos detentos que cumprem penas nas penitenciárias de Minas Gerais. Na segunda-feira mais uma bondade do governo aos criminosos foi anunciada: o poder público também pagará dois salários mínimos para empresas contratarem detentos para trabalhar.

Quando se trata de políticas sociais voltadas para o trabalhador, o que se percebe é a omissão de um governo. Mesmo em relação ao sistema carcerário, o abandono oficial da classe honesta e trabalhadora é latente.

Área de convivência que será destinada aos criminosos de Minas Gerais
Para abrigar criminosos comuns, brevemente será inaugurado em Ribeirão das Neves um luxuoso empreendimento carcerário em parceria com a iniciativa privada. O local que contatará com celas individuais dotadas de equipamentos em aço inox, quadras de esportes, piscinas, modernas áreas de banho de sol entre tantas outras regalias, está sendo executado por uma empreiteira que constrói hotéis.
O hotel de bandidos terá luxuosas quadras de esportes
bibliotecas, salas de cinema  entre outras regalias. 

"Na PPP prisional, todo o serviço prestado aos presos, como assistência médica, odontológica, jurídica, segurança interna, alimentação e uniformes, fica à cargo do parceiro privado..."explica o coordenador da unidade setorial de PPP da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Marcelo Costa.
Assim será o aposento dos criminosos que lesaram a sociedade. 
 Já para abrigar trabalhadores que cumprem sentença por débito com pensão alimentícia, a situação é grave. Nos presídios de Minas Gerais, cidadãos estão sendo enjaulados junto com criminosos comuns. No ano passado, um homem que devia pensão alimentícia foi encarcerado numa cela do Ceresp Gameleira junto com criminosos onde acabou sendo espancado e abusado sexualmente. Ao ser “socorrido” e colocado em cela separada, o trabalhador suicidou. Este episódio é apenas um dos muitos casos de covardias praticadas pelo Governo do Estado contra o trabalhador.

Enquanto o Governo do Estado promove benesses, regalias e constrói hotéis Vips para bandidos perigosos que lesam a sociedade, hoje o jornal Estado de Minas divulgou uma grande reportagem sobre as covardias que acontecem nas masmorras do sistema penitenciário Mineiro, destinadas a abrigar o cidadão que deve pensão alimentícia. Veja abaixo os absurdos narrados na reportagem do Estado de Minas.

Ex-detento vira porta-voz de pais presos em BH por não pagar benefícios a filhosEm cartas, eles denunciam condições da prisão e reclamam de ser tratados como delinquentes perigosos


Publicação: 12/12/2012 06:00 Atualização: 12/12/2012 06:49

Confinados em um espaço projetado para 50 pessoas, 108 homens se espremem passando as noites intercalados em colchões estendidos no chão de concreto. No ambiente escuro e úmido, ficam durante os dias sem acesso a livros ou atividades ao ar livre, tendo de beber a água sem filtrar em uma torneira e de tomar banhos gelados. O cotidiano se completa com ameaças e castigos de agentes de segurança. A descrição feita por internos lembra os piores cadeiões brasileiros. Mas, nesse caso, os detentos não são criminosos comuns: são pais de família, trabalhadores, e entre eles há até um engenheiro inglês, de 68 anos, que não consegue sequer se comunicar com os agentes. Todos foram presos por dívida de pensão alimentícia com os filhos. Os relatos que descrevem como é o dia a dia desses homens constam de várias cartas, que o representante comercial Robson dos Anjos Bastos, de 51 anos, trouxe consigo ao ser libertado no mês passado. Com o objetivo de cobrar melhorias do poder público, elas mostram que a ala reservada aos devedores de pensão no Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) da Gameleira, na Região Oeste de BH, em pouco difere das acomodações destinadas a delinquentes perigosos.


Robson diz ter deixado de pagar pensão aos cinco filhos depois que a ex-mulher se mudou do país com as crianças, sem a autorização dele, e se estabeleceu em endereço desconhecido, em Portugal. “Meus advogados aconselharam que me apresentasse na delegacia voluntariamente, para não ser detido em uma blitz ou acidente”, conta o representante comercial. A esperança de ter tratamento diferente do que de um criminoso de alta periculosidade, principalmente por ter direito a uma ala separada, se dissipou logo que encontrou o delegado. “Eles me algemaram e me atiraram em um camburão. Quando a gente entra na ala separada do Ceresp e vê todo mundo de uniforme vermelho, deitado pelo chão e em péssimas condições, leva um baque, porque lembra um campo de concentração. Nos sentimos marginais, mas somos gente comum”, disse.



Na chamada “Ala W”, reservada aos devedores de pensão, os detentos contam que alguns agentes os tratam de forma abusiva. “Tinha um professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) que estava triste, com saudades do pai. Resolveu cantar uma música do Roberto Carlos e os agentes penitenciários não gostaram”, lembra. Robson conta que dois agentes subiram para a carceragem muito alterados, sem as identificações nos uniformes, procurando o cantor. Como ninguém quis delatar o professor, os responsáveis pelo manejo de presos borrifaram spray de pimenta na cela e ameaçaram trazer cães da próxima vez. “Foi um pânico só. Imagine mais de 50 homens se espremendo no banheiro para molhar toalhas e panos para cobrir o rosto. Muita gente vomitou, passou mal. O spray age por 30 minutos. Nunca na minha vida imaginei que sentiria um spray de pimenta na minha cara. É degradante”, critica.



A mesma sensação está retratada na carta de três páginas escrita em inglês pelo engenheiro aposentado da Real Marinha Britânica Robert Sidney King, que mostra a perplexidade do britânico com a falta de condições da prisão. “Aqui estou, aos meus 68 anos, sentado em uma prisão de Belo Horizonte. Um lugar de tédio absoluto, onde livros não são permitidos ou qualquer outra atividade para se passar o tempo. Comemos, conversamos e dormimos”, inicia a correspondência. “Como cheguei aqui? Roubando um banco ou atacando alguém? Não, foi ao comparecer a uma audiência de renegociação de pensão para meu filho. Uma audiência que tentei marcar por três anos e a qual a mãe do meu filho fez de tudo para postergar e atrasar. Em vez de ser ouvido, descobri que um juiz de São Paulo me sentenciou (à prisão por não pagamento de pensão) sem sequer me ouvir.”



O homem faz uma crítica ao Judiciário e às leis. “Como, em um país com uma constituição, uma pessoa pode ser sentenciada à prisão sem ser ouvida? Por cinco ou mais anos tentei audiências em cortes de São Paulo. Minha mãe estava morrendo e não consegui autorização para levar meu filho para vê-la. Ela morreu dois anos depois. Uma ação para visitas temporárias (ao filho) aguarda sete anos sem ser julgada. Os juízes parecem não querer trabalhar, a não ser quando é para mandar alguém para a cadeia sem ouvi-lo.” 



A reportagem do Estado de Minas solicitou, mas não teve acesso à carceragem do Ceresp. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), a visita não é autorizada porque a instituição não consegue garantir a segurança.



o que diz a lei
Quem deve pensão alimentícia tem três dias, depois de citado, para pagar, provar pagamento ou justificar a impossibilidade de fazê-lo, de acordo com o Código de Processo Civil. Se isso não ocorrer o juiz pode decretar prisão de um a três meses, que pode ser interrompida pelo pagamento do débito. O Código Penal define que deixar de prover a subsistência do cônjuge ou de filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho tem pena de detenção de um a quatro anos e multa de um a 10 salários mínimos. A Lei 5.478, de 1968, determina que o cumprimento da pena de prisão não determina extinção da dívida, podendo o juiz determinar penhora de bens e até pagamento por parte dos avós.



Enquanto isso...
…UNIDADE ESPECIAL AGUARDA IMÓVEL
A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) ainda procura um local que atenda às necessidades do projeto de construir o Centro de Referência para Devedores de Alimentos, com cerca de 100 vagas só para esse tipo de infrator. Os números crescem a cada dia. Em dezembro de 2010 eram 179 presos no sistema estadual por esse motivo. No mesmo período do ano passado, o número cresceu 11%, chegando a 199 pais e responsáveis detidos por não pagamento do benefício. A quantidade disparou, chegando a um crescimento de 33% em fevereiro deste ano, quando alcançou 238 internos, e hoje se mantêm em 208. Como a prisão é de 30 a 90 dias, a quantidade de detidos muda mensalmente. 



Da dívida até o xadrez
Os passos da prisão por não pagamento de pensão



Uma ação de pensão alimentícia é aberta na Justiça para estabelecer com quanto o responsável deve contribuir mensalmente para o sustento do dependente
Se o pagamento atrasa, uma ação de execução alimentícia pode ser aberta para cobrar o benefício
O juiz cita o responsável, que recebe intimação de um oficial de Justiça para comparecer ao fórum em até três dias
Lá, o devedor deve justificar de forma satisfatória o não pagamento, comprovar que está em dia ou quitar o que é devido
Nos casos em que o devedor não se justifica, o juiz determina a prisão por prazo de 30 a 90 dias, segundo o Código de Processo Civil

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

SISTEMA FALHO: Detento comandou por celular assassinato da ex-namorada e da mãe dela



O duplo homicídio aconteceu na tarde deste domingo em Sete Lagoas. Mãe de filha foram mortas com tiros na cabeça disparados por um comparsa do preso. Ordem de assassinato saiu de dentro do presídio Dutra Ladeira 

Publicação: 09/12/2012 18:35 Atualização: 09/12/2012 19:52
Um detento da Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte pode ter comandado – pelo celular - o assassinato da ex-namorada e da mãe dela. O crime aconteceu na tarde deste domingo em Sete Lagoas, na Região Central de Minas, quando dois comparsas do detento foram até a casa das vítimas e um deles executou as mulheres com tiros na cabeça.

Segundo o tenente Ivair José, do 25º Batalhão da Polícia Militar (PM), os suspeitos do crime foram até a casa das vítimas, no Bairro Aeroporto, sob ordem de Bruno Henrique Souza Oliveira, 19. Ele cumpre pena por roubo e segundo a PM, é apontado como responsável por oito homicídios. 

Os dois homens armados chegaram de moto na casa de Vilma Cristina Brant, 42, procurando pela filha dela, Luara Laryssa Paulino, 22. A mãe atendeu ao chamado no portão e foi obrigada pelo atirador a entrar na casa. O outro comparsa deu cobertura do lado de fora. Enquanto bandido e vítima entravam na casa, Bruno ligou para o telefone fixo da residência, segundo a PM, para se certificar de que haveria a execução. Luara atendeu ao telefone e a morte da mãe ocorreu no momento em que ela falava com o ex. 

Luara estava em seu quarto, local para onde o atirador levou Vilma. Ele executou a mãe com um tiro no lado esquerdo da cabeça e nem deu chance de reação à filha, que também foi assassinada a queima roupa com um disparo na cabeça. Segundo o tenente, uma irmã de Luara presenciou o crime. “O homem disse para ela que não a mataria porque sabe que ela tem um filho pequeno”, conta o militar. A testemunha é mãe de um menino de 1 ano. 

De acordo com a PM, o socorro foi acionado, mas mãe e filha já foram encontradas mortas na porta do quarto. Os suspeitos fugiram de moto com destino a Belo Horizonte e ainda são procurados pela polícia. Um deles já foi identificado e segundo a PM, é conhecido das vítimas. A irmã de Luara pediu proteção policial porque teme pela sua vida e do filho.

Amor doentio

A PM recolheu na casa cartas de Bruno para Luara, em que o detento fala do amor incondicional. Segundo o tenente, as cartas têm um tom doentio. Em uma delas Bruno fala que está preso por Luara, em nome do amor que sente por ela. De acordo com Ivair José, o detento não se conformou com o fim do relacionamento e com o fato de Luara já estar namorando com outro rapaz. A PM recolheu o computador da jovem, onde foram encontradas conversas dela com o novo namorado. 

“Foi uma covardia, primeiro matou a mãe depois a filha. Quando a gente acha que o cidadão está preso, que estamos livres dele, ele comando um crime desses de dentro da cadeia”, disse o militar. 

A PM fez contato com a diretoria da Dutra Ladeira para que seja recolhido o telefone celular do detento. A corporação pediu que seja feita uma vistoria para comprovar o uso desse telefone, que será uma peça fundamental na investigação do crime quando a Polícia Civil assumir o caso. Se ficar provado o envolvimento de Bruno, ele poderá ser retirado da cadeia para receber nova autuação pelo duplo homicídio. 

A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou, em nota, que a direção da penitenciária está realizando todos os procedimentos de varredura no pavilhão em que se encontra Bruno. O resultado da ação será comunicado posteriormente. A subsecretaria aguarda as investigações para saber o envolvimento do detento no caso e da possibilidade de uso de celular na prisão. 

A Suapi ainda informou que o Procedimento Operacional Padrão (POP) do sistema prisional determina a realização de vistorias diárias nas celas, assim como rigorosos procedimentos de revista em visitantes e funcionários da unidade. Todas as unidades prisionais são equipadas com banqueta usadas para verificar se os visitantes não possuem objeto metálico introduzido em partes íntimas do corpo e, pelo menos, três detectores manuais.

Reportagem EM

sábado, 8 de dezembro de 2012

Presídio de São Joaquim de Bicas: Esta semana quatro presos conseguiram fugir



o sistema penitenciário de Minas Gerais precisa de uma remodelagem. Todos os dias ocorrem fugas, assassinatos, suicídios e agressões de detentos. Em São Joaquim de bicas, quatro presos fugiram na última terça feira e até hoje não haviam sido localizados.

De acordo com fontes da SEDS, a polícia continua à procura dos foragidos. Os detentos que empreenderam fuga são Reginaldo Santos Ferreira, de 30 anos, Paulo Aquino Oliveira, de 20 anos, Edmar Gurgel Alves, de 22 anos, e Rangel Rodrigues de Castro, de 22 anos.

Em nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que, na ocasião da fuga, a Polícia Militar (PM) foi acionada para fazer o boletim de ocorrências e o presídio instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias do caso. É brincadeira o que ocorre no sistema prisional de Minas Gerais. Será que a ficha do Governo do Estado ainda não caiu para a necessidade de mudanças dos gestores da pasta que estão aí há mais de 10 anos e não conseguiram minimizar os graves problemas do sistema penitenciário Mineiro?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Presos usam uniforme da policia e fogem pela porta da frente em penitenciária de Minas Gerais



Estranho nesta fuga é que no presídio todos os policiais e agentes penitenciários são conhecidos uns dos outros
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O agente penitenciário André Luiz Teixeira
Mourão é o superintendente de Administração
prisional da SEDS/MG 
Três presos fugiram da pequena Penitenciária Francisco Floriano de Paula, no distrito de Vila Nova Floresta (Paca), a 45 quilômetros de Governador Valadares no início da noite de segunda-feira, 3. Os homens estavam cumprindo pena no regime semiaberto. Estranho na história é que apesar de haver poucos policiais e de não ser um presídio com muitos presos, os foragidos ganharam as ruas pela porta da frente usando uniformes de policiais.  
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o agente penitenciário E.Q.J.S., de 39 anos, foi quem comunicou aos policiais que estavam de serviço sobre a fuga dos presos Jonathan Soares dos Santos, de 26 anos; Claudemir Rodrigues da Silva, de 29; e Paulo Benício Moreira da Silva, de 43 anos.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Jonathan Soares estava preso por assalto. Já Claudemir Rodrigues, por homicídio. O crime pelo qual Paulo Benício cumpre pena não foi divulgado. Ainda de acordo com a assessoria, a unidade prisional instaurou procedimento interno para apurar as circunstâncias da fuga.
Realmente na SEDS-MG, o sistema penitenciário é uma verdadeira baderna. Fica a pergunta: Como três presos conseguiram fugir se passando por policiais, sendo que todos os policiais do local são conhecidos uns dos outros?

Com informação do Diário do rio doce

Celular é vendido por até R$ 3 mil dentro das penitenciárias de Minas




Para especialistas em segurança pública, o fim da corrupção entre os servidores do sistema prisional passa pela instalação dos bloqueadores de telefones celulares nas penitenciárias de Minas. O comércio de aparelhos é comum dentro dos muros dos presídios, segundo uma fonte do governo do Estado, que pediu para ter o nome preservado.

“Um celular é vendido por até R$ 3 mil para os presos. O problema é tão grave que o mesmo aparelho foi encontrado três vezes em um presídio de Ribeirão das Neves (na Região Metropolitana de Belo Horizonte). O agente que apreendeu o telefone pela última vez foi afastado”, afirma a fonte.

Na edição de domingo (2), o Hoje em Dia mostrou que, há quase três anos, a Polsec Indústria e Comércio de Equipamentos Ltda foi aprovada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) para instalar bloqueadores na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, também na Região Metropolitana. O atestado de capacidade técnica foi emitido após 70 dias de testes feitos pela empresa, de novembro de 2009 a janeiro de 2010.

Entrevistas

Na semana passada, a reportagem tentou falar com os chefes da Seds, secretário Rômulo Ferraz, e da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), Murilo Andrade. Mas os pedidos de entrevista não foram atendidos. O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais (Sindasp-MG), Adeílton de Souza Rocha, também foi procurado. Uma funcionária do Sindasp, que se identificou apenas como Lorena, disse que Rocha retornaria a ligação, o que não ocorreu até a noite de sexta-feira (30).

A Seds também não forneceu estatísticas de celulares apreendidos dentro das prisões mineiras. Os desvios de conduta dos servidores, no entanto, são confirmados pelos dados repassados pela secretaria em 19 de novembro: de janeiro a outubro deste ano, 56 agentes penitenciários tiveram os contratos rescindidos após conclusão de investigações abertas pela Corregedoria da Suapi, parte deles por facilitar a entrada de celulares nas prisões.

Em 18 de julho, um agente penitenciário de 28 anos foi preso tentando entrar no presídio de São Joaquim de Bicas com um celular escondido na sandália. “Medidas estão sendo tomadas, mas a resposta não é imediata, pois exige a abertura do processo administrativo”, afirma o promotor André Ubaldino, coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate ao Crime Organizado. Ele é favorável à instalação dos bloqueadores.

Para o doutor em sociologia e pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da UFMG, Felipe Zilli, as tentativas de acabar com a corrupção no sistema prisional são “remendos em pano velho”. “O problema existe há décadas. Passam governos e gestores da segurança, mas nada é resolvido”.
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Com informações do Hoje em Dia